16 de out. de 2009

Celso Martins vai receber título

Celso Martins, jornalista, historiador, titular do blog Sambaqui na Rede, irá receber o título de Cidadão Honorário de Irani, pelo seu livro "O MATO DO TIGRE E O CAMPO DO GATO - JOSÉ FABRÍCIO DAS NEVES E O COMBATE DO IRANI".

O livro foi lançado em 2007, r
esultado de cinco meses de pesquisas e entrevistas nas regiões de Concórdia e Irani, além de cidades do Paraná, o livro mostra uma outra ótica da Guerra do Contestado. São 128 páginas e cerca de 110 fotografias antigas e atuais para contar a história. A trajetória de José Fabrício é narrada desde a recomendação de José Maria até a emboscada que levou o então coronel à morte por degola.

O título Cidadão Honorário de Irani será entregue no dia 22/10, dia do combate do Irani.


Sinopse do livro:

Nas primeiras horas da manhã de 22 de outubro de 1912, pouco antes do início do combate de Irani, o monge José Maria chamou José Fabrício das Neves e disse que ia morrer no confronto, mas que ele Fabrício continuasse liderando os caboclos. E que permanecesse no mato, onde seria um tigre, pois se fosse para o campo se transformaria num gato. A recomendação do monge está na origem ao título do livro do jornalista e historiador Celso Martins, fruto de seis meses de pesquisas e entrevistas pelas regiões de Concórdia e Irani, em Santa Catarina, e em municípios do Paraná como Palmas, Pinhão, Coronel Domingos Soares, Guarapuava e Coronel Vivida. "Mais do que resultado da invasão de um estado por outro, o combate no Banhado Grande de Irani revela a existência de uma organização dos caboclos e demais moradores locais para resistir a uma tentativa de expulsão das terras que ocupavam", explica o autor. A obra trabalha os perfis de lideranças pouco conhecidas do Contestado ou desconhecidas da historiografia catarinense. Além de José Fabrício, surgem homens como José Alves Perão, os Quitério, os Belchior, o coronel da Guarda Nacional Miguel Soares Fragoso e outros Fabrício das Neves: Miguel, Thomaz, Gabriel, Clementino (secretário do monge José Maria) e Fidêncio, entre outros. E mulheres das famílias Fabrício das Neves e Quitério, além de Joana Perão e Maria Borges. Na segunda parte da obra o autor detalha a trajetória de José Fabrício até cegar à condição de "coronel", exercendo na prática algumas funções do Estado, como o monopólio da violência, mantendo um grupo de homens armados na defesa da ordem. Era o delegado de polícia, o juiz e o carrasco dos criminosos e inimigos. Após realizar acordos com grandes empresas de colonização, envolver-se na política partidária e usufruir dos tentáculos do Estado que começam a chegar, acaba sendo vítima de uma emboscada, morto e degolado, em fins de janeiro de 1925. Sua morte levou à expulsão de centenas de famílias de caboclos que ele abrigava em terras dos atuais municípios de Concórdia, Itá, Arabutã, Ipumirim e outros. Os descendentes de José Fabrício e alguns de seus parentes tiveram que se refugiar, o mesmo ocorrendo com os Perão e outros antigos combatentes do Irani.


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Celso Martins, também participa na cidade de Concórdia de 2 m
esa-redondas e ministra 2 palestras durante a Jornada de Estudos do Contes tado.Veja abaixo a programação:








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